Para os brasileiros mais jovens, a aposentadoria e a previdência parecem uma realidade distante. Com a Reforma da Previdência, o sentimento geral é que essa distância da aposentadoria aumentou ainda mais, pois a juventude é um dos segmentos sociais mais suscetíveis às novas diretrizes propostas.
Pelo panorama vivido pela juventude, de altos índices de desemprego e de informalidade, a reforma da previdência atinge com força aqueles que ainda têm uma vida de trabalho pela frente. Com freios e cortes, essa reforma torna mais longa a jornada do jovem e projeta uma aposentadoria menos rentável quando ele chegar lá.
Mas os jovens de hoje têm alternativas para não temer a reforma da previdência. Quem começa cedo a planejar o seu futuro tem a oportunidade de construir sua própria aposentadoria, com pouco esforço e fazendo uso dos juros a seu favor. O nome dessa alternativa é investimento.
Por que começar a investir (não guardar)?
Um relatório do Banco Central do Brasil, de 2018, mostra que apenas 31% das pessoas conseguem guardar dinheiro, e os que guardam, em sua maioria, aplicam na poupança por comodidade ou insegurança de buscar outras aplicações mais rentáveis.
Evidente que poupar é o passo inicial, o básico, mas somente poupar não vai dar aos jovens o futuro que planejam. Então, a primeira coisa que as novas gerações precisam entender é que investimento não significa poupança. Enquanto poupar é igual a guardar dinheiro, investir é fazer esse dinheiro render.
Com a queda brusca da taxa Selic, que ajuda a remunerar a poupança, esse tipo de investimento, preferido pelos brasileiros, acabou perdendo muito dos seus atrativos de rentabilidade ao longo dos anos.
Para demonstrar o quão o dinheiro fica parado ou é corroído enquanto está na poupança, em 2018 o rendimento da caderneta foi de apenas 1,12% líquido, ou seja, descontada a inflação do período. No mesmo período, pensando no longo prazo, um plano de previdência privada acumulou um rendimento de 5,05 pontos percentuais acima da inflação, superando de longe a rentabilidade da poupança. Essa é a diferença entre poupar e investir.
Por que começar antes dos 30 anos?
Quem é jovem não tem muita intimidade com o termo investimento, tampouco com a palavra futuro. Ao usar a frase 'pensar no futuro', então, dá um bug e muda logo de assunto.
Geralmente, nesta idade gasta-se o dinheiro que ganha entre estudos e baladas, quiçá uma viagem. Mas uma coisa é possível garantir: o tempo passa e o tal de futuro vai chegar.
É normal que seja mais difícil guardar dinheiro nessa fase da vida, pois no início da carreira os salários são mais baixos, e os investimentos para ter a primeira casa e o primeiro carro são altos.
Mas, com organização e disciplina, é possível investir. E agora, com a reforma da previdência, assume ainda mais importância uma atitude proativa do jovem para com seu futuro. Mais do que nunca, é fundamental que o jovem comece a investir seu dinheiro desde já.
E o que parece uma dificuldade inicial acaba sendo o grande trunfo para fazer o dinheiro crescer: a juventude.
Quanto mais cedo iniciar, melhores serão os retornos sobre o investimento. Como o tempo que o jovem tem até sua aposentadoria é maior, a ação dos juros a favor do seu investimento ao longo desse tempo tomará proporções inimagináveis, alavancando os rendimentos.
Enquanto pessoas mais velhas têm menos tempo de investimento, dos 25 anos até os 65 são 40 anos, tempo mais que suficiente para que a mágica dos juros compostos aconteça a favor do jovem investidor. Logo, quem está nessa fase está no estágio ideal da vida para iniciar um investimento em previdência privada.
Quanto do meu salário preciso reservar?
Aqui está outra grande vantagem de quem começa cedo a investir. Na previdência privada, assim como em qualquer outro investimento, o tempo é fundamental para fazer a mágica dos juros compostos acontecer.
Assim, quanto antes começar, menor será a parcela do salário que terá que reverter ao investimento. Como Einstein já dizia, os juros compostos são a maior invenção da humanidade. No longo prazo, é preciso fazê-los trabalhar a favor do investidor. E, iniciando cedo, mais fácil será realizar os objetivos traçados para o investimento.
Realizando uma simulação usando uma rentabilidade conservadora de 8% ao ano para fazer estimativas, chega-se aos seguintes números:
Supondo que o investidor esteja no estágio ideal da vida para começar uma previdência privada, ou seja, é jovem, tem 25 anos de idade, está ciente da importância de investir para ter mais conforto e estabilidade no futuro e planeja se aposentar aos 60 anos.
Essa pessoa contribuirá por 35 anos para engordar sua poupança previdenciária, e de acordo com o simulador de previdência privada do Família Previdência, precisaria contribuir com apenas R$ 375,00 mensais para acumular uma poupança previdenciária de R$ 770.931,20.
Ela terá contribuído no final dos 30 anos com R$ 155.249,79, e os rendimentos do investimento somariam mais R$ 615.681,41, quase 4 vezes o valor investido. Com esse pequeno investimento mensal, ela receberia um salário mensal a partir dos 60 anos de idade no valor de R$ 2.965,12.
Muito bom, não? E R$ 375,00 por mês é perfeitamente possível!
Por que não temer a Reforma da Previdência?
Quem faz uma previdência privada ainda jovem não depende das políticas governamentais e, portanto, não está sujeito às suas mudanças de rumo. Em vez disso, quem tem previdência privada assume totalmente o controle sobre o seu futuro.
A única forma de não temer a Reforma da Previdência é deixar de depender do INSS o quanto antes. A juventude é o momento certo.
Se a pessoa do exemplo acima deixasse para depois e começasse a investir somente aos 40 anos, utilizando o mesmo simulador de previdência privada do Família Previdência, descobre-se que, para receber salário muito parecido como da simulação anterior, de R$ 2.966,59, ela teria que contribuir com R$ 1.424,00 por mês.
É mais fácil investir R$ 375,00 ou R$ 1.424,00? Nesse último caso, é muito provável que a pessoa tenha que depender, sim, do INSS.
Tranquilidade no futuro. É isso que a previdência privada pode fazer por quem tem menos de 30 anos.