O crescimento de 1,2% do PIB do Brasil no segundo trimestre em relação aos primeiros três meses do ano foi suficiente para colocar o país como o 12º melhor desempenho no período entre 50 países que já divulgaram seu resultado trimestral.
Os dois países com maior crescimento de maio a junho foram Islândia (3,9%) e Indonésia (3,7%). Ambos, porém, vieram de resultado negativo no primeiro trimestre: os europeus tiveram queda de 0,9%, e o asiáticos, de 1%.
Esse, no entanto, não é o cenário para todos os países que tiveram melhor desempenho que o Brasil no segundo trimestre.
A Malásia, por exemplo, cresceu 3,5% de maio a junho e vem de dois trimestres de expansão forte: 3,8% no primeiro deste ano e 4,6% nos últimos três meses do ano passado. A Holanda vem de oito trimestres seguidos de avanço do PIB e registrou alta de 2,6% maio a junho. Cenário similar ao da Turquia, que teve expansão de 2,1% no segundo trimestre. É importante lembrar, porém, que os turcos têm uma taxa de inflação das mais altas do mundo, que ficou em 79,6% em 12 meses até julho, o pior resultado em 24 anos.
Na América Latina, onde poucos países divulgaram seu resultado do segundo trimestre, o melhor desempenho foi o da Colômbia, que cresceu 1,5% na comparação com janeiro a março. Os colombianos acumulam quatro trimestres consecutivos de expansão. Nos primeiros três meses do ano, houve alta de 1,4%, no último trimestre do ano passado, a expansão foi de 2,9%, ante 6,4% de julho a setembro de 2021.
Segunda maior economia da América Latina, o México cresceu 0,9% em relação a janeiro a março, enquanto Peru e Chile ficaram estagnados nessa comparação.
Na comparação com as grandes economias globais, a China teve o pior desempenho do período, com queda de 2,6%. A segunda maior economia do mundo sofreu ainda no segundo trimestre com as duras restrições para conter a pandemia de covid-19. EUA e Reino Unido também tiveram resultados negativos – ambos com queda de 0,1%.
A Alemanha ficou praticamente estagnada, com alta de 0,1%, enquanto Japão e França registraram crescimento idêntico, de 0,5%. No Canadá houve expansão de 0,8%, e Espanha e Itália tiveram crescimento próximos ao do Brasil, com avanço de 1,1% para ambos.Os dois países, porém, vinham de desempenhos modestos no primeiro trimestre, com alta de 0,2% para os espanhóis e de 0,1% para os italianos.
Fonte: Valor econômico