Os investidores de fundos com ações no exterior são os que conseguiram alcançar os maiores ganhos em maio. A categoria foi a que registrou a maior rentabilidade entre as opções mais populares de investimento, com valorização de 13,1% entre janeiro e maio.
Na lanterna, aparece a tradicional caderneta de poupança, que rende 1,87% no acumulado do ano. Os dados levam em conta o desempenho dessas carteiras até o dia 28, ou seja, não tem influência da forte volatilidade que atingiu os mercados globais nos últimos três pregões.
O momento é ainda mais complexo. No começo do ano, o que mais afetava a rentabilidade era a incerteza no Brasil. Agora, temos uma grande influência dos Estados Unidos com a guerra comercial. Esse quadro deve gerar ainda mais instabilidade no curto prazo - disse Fabrizio Velloni, economista e chefe da mesa de operações da Frente Corretora de Câmbio.
Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), depois dos fundos de ações com investimento no exterior, a carteira com melhor desempenho foi a de ações livres, com valorização de 9,76%, acompanhando o ganho de 10,4% do Ibovespa, principal índice acionário do mercado local, registrado de janeiro a maio. No mesmo período, o dólar sobe 1,42%.
No mês, os fundos cambiais aparecem como a melhor aplicação, com 2,55% de ganhos. No entanto, por considerar só o desempenho até o dia 28 (dado mais atualizado), ainda não há a influência da queda do dólar nos últimos pregões. A moeda fechou maio cotada a R$ 3,925, pequena variação positiva de 0,1%. O pior rendimento do mês também é a caderneta de poupança, com 0,37%.
Na avaliação de Fabio Colombo, administrador de investimentos, para junho, os investidores devem ficar atentos aos desdobramentos da guerra comercial entre Estados Unidos e a China, à tramitação da reforma da Previdência no Congresso e a possíveis novas revisões do Produto Interno Bruto (PIB).
Fonte: https://oglobo.globo.com/economia/fundos-de-acoes-no-exterior-lideram-os-ganhos-no-ano-23710657