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Após Americanas, chamado efeito dominó preocupa mercado


Nos últimos dias, uma das perguntas que mais circularam entre investidores se referiu ao tamanho da crise que se abateu sobre as empresas de varejo. Há uma percepção, nas últimas semanas, da existência de um efeito dominó nas empresas do setor, num cenário de turbulência generalizada.


Apenas no último mês, a Americanas relatou rombo contábil de R$ 20 bilhões e a Marisa Lojas iniciou conversas para renegociar dívidas brutas de curto prazo de menos de R$ 300 milhões, dizem fontes.


Na Marisa, além de buscar a renegociação de dívidas de curto prazo, foi contratada uma renomada consultoria para revisão de despesas e possíveis cortes de custos. A cadeia começou a ver sinais de melhoras em alguns números no fim de 2019, após anos de mudanças em seu posicionamento de preço e marca, mas a pandemia veio quando ela tentava implementar um nova política comercial.


Para consultores, os clientes ficaram confusos sobre o que a Marisa quer vender, porque ela entrou no fast fashion, depois saiu. Hoje, quer vender qualidade a preço baixo, diz um consultor.


Já a Livraria Cultura teve a falência decretada pela Justiça na última quinta-feira, e a concorrente Saraiva, que permanece em recuperação judicial, vem enfrentando adiamento de assembleia de acionistas e críticas de sócio à governança na rede.


Olhando mais para trás, a Máquina de Vendas, dona da Ricardo Eletro, reverteu a sua falência decretada duas vezes em primeira instância, e retornou, meses atrás, à condição de rede em recuperação judicial, mas o caso ainda aguarda julgamento, já que a Justiça cita, na ação, o efeito suspensivo da falência por meio de recurso.


Especialistas concordam que há uma concentração de casos desde a segunda metade de 2022, porém diretores de redes e consultores não veem problemas estruturais no setor, ou sinais de uma onda de quebradeira de negócios. Além disso, alertam que não dá “para colocar tudo na mesma cesta”. E há situações que essas empresas enfrentam que não são comparáveis, e são próprias de seus setores – e variam segundo a intensidade da crise que cada uma atravessa.


Em comum a quase todas – excluindo a Americanas, que enfrenta uma grave crise contábil – há uma aceleração na alavancagem financeira, após aumento nos investimentos feito com empréstimos, cujos juros dispararam em 2015 e 2016, e entre 2021 e metade de 2022. A taxa alcançou 14,25% e 13,75% ao ano, respectivamente, nesses dois intervalos. Isso fez com que as despesas financeiras da redes na B3 subissem cerca de 176%, de setembro de 2021 a 2022


Varejistas brasileiras se endividam regularmente porque trata-se de um setor altamente competitivo e que demanda muito recurso para financiar capital de giro, abertura de lojas e novas tecnologias – isso num ambiente de demanda altamente sensível a juros.

Ocorre que, mesmo nesse cenário, a grande maioria das varejistas não abriu processo de recuperação judicial ou de reestruturação de dívidas. Em determinados casos, há um histórico de erros de gestão e planos que não funcionaram.


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Francisco Gomes CEO | Fairfield BR


















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